domingo, 8 de abril de 2012

O Corset e sua história.

Corsets

 
  
O conhecimento do uso do corset se dá no século XVI, mas existem diversos registros, que é usado desde os povos da antiguidade, apresentando uma modelagem diferente, menos detalhada e mais rude.
Foram retalatados uso do corset por mulheres, crianças e homens.
A palavra corset vem do francês corps e significa corpo e serrer significa apertar.

Corset francês, 1580-1600




Corset de 1750-75 




Corset de 1891, Maison Léoty




Corset Elizabetano

   

Tight Lacing  


Chama-se tight lacing: A prática de modificação corporal através do uso contínuo de corset.  A prática remodela as costelas flutuantes e molda o tecido adiposo. Esta  prática  não  é indicada  para  pessoas  com  problemas  de  saúde  como  diabetes,  insuficiência  respiratória, hipertensão, problemas graves de coluna. Para iniciar a prática, a pessoa precisa consultar um ortopedista para saber se está tudo ok com a coluna; consultar um angiologista para saber se está tudo tudo ok com a circulação pois o corset irá exercer pressão; consultar um gastroenterologista para saber se o aparelho digestivo está funcionando bem pois o corset também pode acentuar dores para quem tem gastrite ou outras doenças. Resumindo, você tem que estar com a saúde ok para fazer o tight lacing. Após o checkup, você deve começar um programa de abdominais e exercícios para a lombar. Para quem quer praticar tight lacing, recomenda-se 300 abdominais diárias + exercício de lombar. Os exercícios são importantes para fortalecer a musculatura do abdome evitando flacidez e possíveis problemas pois durante o uso docorset sua musculatura ficará imobilizada. Sendo assim os exercícios recuperam o tônus muscular perdidos nas horas de uso do corset. Também é importante dar atenção à dieta. Os modelos usados para a prática são os underbusts, pois atuam no tronco exercendo pressão na cintura e tórax. Dentre os underbusts, temos: modelo básico, modelo com ancas, waist cincher, ribbon. Overbusts não servem para o tight lacing. 

A pressão excessiva no abdomen traz riscos, pois reflete nos órgãos internos e, consequentemente, no aumento da pressão venosa precipitando o aparecimento de varizes e inchaço nas pernas. Em casos extremos, isso pode causar uma trombose. A pressão interna também eleva o diafragma, modificando a dinâmica respiratória. O que pode levar à atelectasia, resultado da diminuição da ventilação pulmonar, o que pode provocar acúmulo de secreções e até uma infecção. [fonte: wikipedia]

Veja mais no blog: http://tightlacing.blogspot.com.br/


Na imagem acima: corset underbust indicado para tight lacing.

 Hoje em dia existem basicamente três tipos de corsets:
Overbust: modelagem acima do busto



Midbust: Comprimento começa no meio do busto. 


Underbust: Modelagem abaixo do busto.


 Waist cincher vertical: modela somente a cintura, sendo este indicado para quem tem pouca gordura abdominal.
 


Waist cincher horizontal: confortável, també mantem a pressão na cintura. Os waist cinchers tem pouco suporte ao tronco pois são menores nas laterais e podem evidenciar o tecido adiposo pra quem tem proeminência do mesmo.




Ribbon: Modelagem horizontal com fitas em sua extensão.






A definição de espartilho é segundo o dicionário Michaelis de língua portuguesa é : “colete com lâminas  de  aço  ou  barbas  de  baleia,  usado  por  mulheres  para  comprimir  a  cintura  e  dar elegância ao corpo”.
 No Brasil, até mesmo corset e espartilho tem definições  não  coerentes,  pois  se  usa  muito  a  palavra  espartilho  para  identificar  peças  do vestuário  íntimo,  tendo  como  definição  uma  peça  muito  justa,  elástica,  muitas  vezes  com cintas ligas anexadas, que apenas se adere ao formato do corpo, esta peça é também conhecida como  corpete, tendo um propósito  totalmente diferente do  corset. Já as  palavras  corselet  e corpete  são  usadas  para  identificar  a  peça  que  é  uma  réplica  do  corset,  porém  não  possui tantas camadas como o corset são utilizados materiais não tão rígidos quanto à peça original, alguns exemplos são: barbatanas de plástico no lugar das feitas de metal e ganchos no lugar do busk.
Próximo  a  meados  do  século  XI,  as  roupas  tornaram-se  tão  justas  que acompanhavam as linhas do corpo dos ombros aos quadris, como se fossem luva. Para se chegar a esse resultado, a parte de trás da roupa era bifurcada do decote à cintura,  de  tal  modo  que  as  extremidades  desse corte  podiam  ser  ajustadas  por cordões. (KÖHLER, 2001, 169)
Nos períodos de guerra e revolução, ocorrem transformações notáveis na moda e no modo de viver. A Revolução Francesa aconteceu por diversos fatores, entre eles o fracasso da economia do país, e o descontentamento de uma maioria diante as classes mais privilegiadas. 
  Os revolucionários, sendo de classes consideradas inferiores, mantiveram o modo de vestir mais simples. Algumas mulheres revolucionárias usavam os vestidos sem corsets e nem anáguas. 
Maria Antonieta teve um papel muito importante na indumentária do período, querendo fugir das regras da corte passou a usar um vestido simples de algodão e posteriormente uma camisa de musselina branca, também muito simples, o que posteriormente colaborou para a transição para o período do Diretório.
 A  partir  da  segunda  metade  do  século  os  corsets  passaram  a  ter  menos  canaletas, consequentemente menos barbatanas, e passaram a ser divididos em seis partes, duas partes da frente, duas das costas e duas alças, normalmente eram feitos em seda ou algodão.
 Nem  mesmo as meninas estavam livres de usar a apertada peça, já usavam desde criança para que o corpo fosse entrando na forma, intitulada, ideal  e  para  manter  o  corpo  ereto.  Waugh  (2004)  diz  “um  novo  tipo  de  corset  começou  a tomar forma, completamente diferente dos seus antecessores [...] desta vez a ênfase não era no corpo reto e rígido, mas em linhas curvas saindo de uma cintura fina”. Deu-se mais folga no busto acrescentando reforços a região deste e também na região dos quadris. Quanto mais as saias aumentavam de volume mais o corset tinha se comprimento encurtado.
No século  XIX  as  barbatanas  foram  substituídas por peças  de metal,  porém  só no final  do  século  o  busk  foi  alterado,  pois  agora  era  composto  por  duas  partes  que  se encaixavam; fazendo com que assim, facilitasse a colocação e a retirada da peça, com isso muitas mulheres já conseguiam fazer o ajuste de seu corset sem necessitar de auxílio. 
Já na metade do século teve seu formato em ampulheta e possuía fechamento tanto na  frente,  através  do  busk,  quanto  na  parte  posterior,  por  amarração.  Após  surgiu  a  tão conhecida silhueta em 'S', onde o corset, que ainda era usado sob a vestimenta, projetava as costas para frente.  A partir da segunda metade do século XIX, surgiram as publicações de moda, que apresentavam a moda que estava em evidência, por um preço acessível, até mesmo para as classes mais baixas.
Durante o século XX a moda feminina esteve em constante mudança. Na década de 1910, o corset teve seu comprimento notavelmente alongado. E nas décadas seguintes a peça foi posta em desuso pela maioria das mulheres.
Como  fetichistas  começaram  a  sair  do  armário  no  despertar  do  movimento  da libertação  sexual,  jovens  mulheres  associadas  com  punk  londrino  e  sub-culturas góticas  no  início  dos  anos  1970  começaram  a  se  reapropriar  do  corset  como  um símbolo de rebelião e perversão sexual. 






(STEELE, 2001, tradução nossa). No século XX o corset deixou de ser julgado como um instrumento de opressão a mulher,  e  passou  a  ser  considerado  um  símbolo  do  feminismo,  porém  muitas  vezes
relacionado ao fetichismo e ao erotismo (STEELE, 2001).
Grandes estilistas de vanguarda fizeram com que o corset tivesse seu renascimento na moda, como Vivienne Westwood e Jean-Paul Gaultier. Este último teve suas peças usadas pela cantora Madonna, em uma de suas turnês, como mostra a figura 5 . Madonna por ser um ícone fashion, colaborou com a popularização da peça. (STEELE, 2001).
Nos últimos anos tem crescido a procura pela peça e já se tornou uma febre entre as mulheres. Com modelagens mais confortáveis, a mulher busca feminilidade, resgate das curvas e um novo estilo de se vestir.
E você já escolheu o seu corset preferido?

Jean Paul Gaultier:






Corsets Black Cat:









Corsets Madame Sher:












Como fechar seu corset:
Primeiro Passo:
Antes de começar a fechar o seu corset, primeiramente, desfaça a amarração dos laço. Não precisa afrouxar os laços por completo, pois isso poderá dificultar na hora que for apertar o espartilho no corpo. Afrouxe o suficiente para que fique confortável para vesti-lo.
 Segundo Passo:
Coloque o corset já com a devida amarração desfeita, ao redor do corpo. Agora você poderá encaixar os fechos frontais. Quando for prender o Busk (fecho), certifique-se que o mesmo esteja devidamente encaixado, em toda a extensão de seus pinos.
 Terceiro Passo:
Na frente de um espelho, vire-se lateralmente, do modo que você possa visualizar o laço do corset. Com o seu polegar, puxe o primeiro jogo superior de laços, uniformemente.
 Em seguida, comece a puxar o jogo seguinte de laços também de forma uniforme.
 Quarto Passo:
No meio da extensão do corset, existem dois “elos” na amarração do seu espartilho.
Agora que você já os alcançou, puxe-os uniformemente. Continue puxando o laço até ajustá-lo na sua cintura.
 Atenção: Não aperte demais a amarração nesta área, pois se você exagerar, poderá vir a sentir desconforto.
 Quinto Passo:
 Agora vá para a parte inferior do corset, e vá puxando os jogos de laços, uniformemente, até chegar novamente nos dois “elos” da amarração.
 Chegando novamente nos dois “elos” da amarração, puxe-os até ajustar o espartilho uniformemente ao tórax.
Atenção: Não aperte demais a amarração do corset, pois se você exagerar, poderá vir a sentir desconforto.
 Sexto Passo:
Voltando novamente nos dois “elos” da amarração, faça o ajuste final, puxando os dois cordões de maneira uniforme.
 Com os laços cruzados, traga-os para a parte frontal da sua cintura. Se os laços estiverem muito longos, você pode fazer este tipo de amarração.
Envolva os laços em torno da sua cintura diversas vezes, até que os mesmos fiquem em uma extensão ideal, antes de amarrá-los.
 Está pronta a sua amarração!
Obs.: Caso você não deseje envolver os laços em torno da sua cintura, você poderá fazer um laço simples, antes de cruzar a sua amarração.
 Ethel Granger, menor cintura do mundo.

 










Corsets com spikes:









   Mais corsets:




 O famoso coselet de Madonna.


Algumas lojas:

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